e eu caio água
gélo terra sólido
névoa vôo líquido
me precipito
e caio sobre você
lançando esses versos analfabetos
nascidos paridos
sem-teto, sem-sono e com fome
querendo você
eu me pergunto e deixo
e saiu correndo, querida
por que? por que?
por que você não foi..
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
querendo te ver.
Postado por marcelo às 23:00 11 comentários
Onde fica: poesia.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Besteirol VII
- Já me perdi nas contas, VII?
- E ae? Como que tatu?
- Eu tou sem saco.. e você?
- Cansado..
- Que que tem hoje?
- O que?
- Poxa.. valeu..
- Valeu o que?
Postado por marcelo às 22:41 2 comentários
Onde fica: besteiras.
dias péssimos (ou malabarismo)
fiz da terra e do mar o meu berço
fiz do vento meu amado
das minhas sementes a vida
vi meus filhos crescerem
fazendo malabarismo com tochas harmônicas
fazendo malabarismo com palavras de fogo
fiz a noção e o bom-senso
fiz a história e o tempo
dentro da alegria o meu leito
vi meus filhos crescerem
fazendo malabarismo com idéias cortantes
fazendo malabarismo com armas de gente grande
fiz a bondade e a vontade
e me decepcionei
fiz o carinho e o amor
e me decepcionei
vi meus filhos crescerem
fazendo malabarismo com pilhas atômicas
fazendo malabarismo com bombas recarregáveis
da minha tristeza fiz arriar o fogo
e a terra se cobriu de cinzas
do meu pranto alaguei o mundo
e morreram todos afogados.
Postado por marcelo às 22:32 2 comentários
Onde fica: poesia.
domingo, 4 de novembro de 2007
tempo, passe.
o tempo passa, para, peraí
o tempo tenta, tento, tentaí
o tempo anda, ama.. anta!
o tempo muda, cresce, árvore
o tempo procura, procuro, procure-me
o tempo todo, pouco, louco
o tempo engana, mente, distorce
o tempo hora, ora, olha
o tempo vira, gira, pira
o tempo pula, corre, nada
o tempo mata, marca, malha de mim
e essa maldita insônia não passa
Postado por marcelo às 22:14 2 comentários
Onde fica: poesia.